Não é nenhuma novidade que Holanda e Portugal tiveram grande influência em Pernambuco e, especialmente, no Recife. Mas o município é reconhecidamente um dos que mais acumula peças francesas. São edificações como o primeiro mercado público do Brasil, o São José (1875), e o Teatro de Santa Isabel (1850).
De acordo com estudiosos, a capital pernambucana é a segunda cidade brasileira que mais possui elementos de ferro franceses do século 19, produzidas pela fundição Val D’Osne. A empresa é a mesma que confeccionou a famosa Estátua da Liberdade.
Segundo o secretário de Turismo do Recife, Samuel Oliveira, muitas das peças importadas decoram espaços públicos e pontos turísticos da cidade. Conta-se que foram encontradas em bom estado de conservação mais de 60 peças no Recife, sendo oito águias na Estação Ferroviária, as esculturas da Praça da República, estátuas na Ponte Maurício de Nassau entre outros.
Na Praça do Derby, por exemplo, o turista pode caminhar no jardim projetado pelo paisagista Burle Marx e por entre os jarros franceses. Já na entrada do Museu do Estado estão esculturas francesas em ferro, enquanto na Praça da República o visual fica ainda mais bonito sob o olhar das divindades clássicas.
Na Ponte Maurício de Nassau, onde foi construída a primeira ponte de grande porto do País, estão as esculturas de mulheres representando o comércio, a justiça, a cultura e a lavoura. Outro lugar que vale a visita é a Estação Central, antiga ferroviária e atual Estação do Metrô do Recife. Lá, pode-se apreciar duas torres com quatro grandes águias de ferro sobre a estrutura. Quem é adepto de um turismo religioso, não pode perder a visita ao santuário de Nossa Senhora da Conceição, onde tanto o nicho quanto a imagem da santa foram confeccionados por franceses.
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